A porta ainda está aberta, mas da janela já não entra luz

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
Não bastasse o instagram me notificar todas as vezes que a Jéssica posta um stories, agora o facebook passou a me mostrar as marcações dela. E com isso eu descobri o nome do namorado dela, Akira.

Doeu? Doeu. Mas eu acho que isso foi um passo para eu conseguir seguir em frente. Eu sinceramente me senti carregando um peso a menos, porque agora aquela pequena chance de voltarmos se apagou e isso me permite to move on.

Eu cheguei a realmente ter o pensamento de que eu prefiro vê-la feliz com outro a infeliz sozinha. E eu realmente acredito nisso. Dói que não seja comigo, mas ela estar feliz importa sim pra mim, então yay, vai dar tudo certo no final :)

Afinal, já passei por isso antes e sobrevivi.

Agora, vida que segue.

I'm on fire

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Rapaaaz, terceira postagem direta! Talvez o álcool realmente esteja me influenciando, apesar de eu só ter bebido 1 latinha de skol beats há mais de 1 hora e, mais cedo, uma garrafinha de 51 (deliciosa, sabor "balada", que tem gosto de guaraná).


Mas hoje eu estava refletindo (estar sozinho em figueira aparentemente me deixa bastante reflexivo) sobre como outras pessoas influenciam as nossas decisões e as nossas vidas.

Eu nunca quis ser protético porque meu pai sempre foi um cara estressado e, quando bebia, agressivo. Também ficava muito tempo fora de casa, com trabalho e bar com amigos, e eu cresci vendo isso e ligando os pontos, o que me afastou da profissão porque eu não queria uma profissão que deixasse alguém estressado (aqui vale um disclaimer que ele seria estressado em qualquer profissão. Depois eu aprendi que é o sangue Pires e eu tenho que controlar bastante isso) e ausente de casa de tanto trabalho.

Seria tão mais fácil eu ser protético. Teria meu pai como professor, um dos melhores no ramo aqui no RJ, um laboratório montado com todos os equipamentos, um lugar para trabalhar, trabalho fixo com bons rendimentos, mas todas essas coisas me afastaram.

Meu pai compensava essa ausência durante a semana nos finais de semana. Todo final de semana tinha churrasco na casa de amigos, ou íamos à restaurantes, ou viajávamos e por aí vai. Ocorre que eu era o nerd introvertido e os amigos do meu pai tinham filhos esportivos! Gente, como assim? Óbvio que eu me sentia deslocado. Ainda tinha o fato de que meu pai era sempre o primeiro a chegar e o último a sair, então eu ficava de saco cheio e, com o tempo, passei a preferir ficar em casa. Nas viagens acontecia a mesma coisa, então acabei achando que não gostava de viajar.

Com o tempo, porque eu ficava sozinho em casa, eu descobri os podcasts, que me faziam companhia. Em 2009 eu ouvi o nerdcast sobre diplomatas e a carreira de diplomacia. Era véspera de vestibular, ano que vem eu devia decidir o que ia fazer da vida e eu gostei da carreira. Porque meu pai agia de um jeito que me fazia preferir ficar em casa eu conheci um programa que me apresentou uma profissão.

No ano seguinte, eu comecei a namorar a Glória, que queria fazer Direito. E eu pensei, oras, Diplomacia não exige um curso específico. Posso fazer qualquer coisa. Direito é o segundo curso que mais aprova. O primeiro é Relações Internacionais, mas o mercado é menor. Vou fazer Direito com a minha namorada! E foi assim que minha ex me influenciou a decidir a minha vida profissional.

Aliás, sou muito grato por isso. Embora não saiba se vou continuar ou não na profissão (mais sobre isso adiante), conheci minha melhor amiga, Lorena, no curso e por isso sou grato.

Por fim temos a Jéssica. Ela gostava muito de viajar e eu, para ter algo a mais em comum com ela, comecei a me abrir para essa ideia, já que meu pai tinha fechado essa porta de viagens lá na minha infância. Então na semana que eu ia viajar pra lá, fiz a minha primeira viagem sozinha aqui para Figueira, só pra fazer um beta test e eu descobri que eu poderia sobreviver em uma viagem de alguns dias e até gostar.

Na mesma semana eu viajei para longe sozinho pela primeira vez e não é que eu gostei? E muito?

Assim que voltei eu emendei em uma viagem pra SP. Foi só um final de semana para fazer uma prova, mas mais uma vez eu vi que a viagem poderia ser legal.

Depois ela veio pra cá pro Rio em Janeiro/19 e eu para lá em Junho/19 e eu vi que eu não apenas aceitava viajar como eu gostava disso. E que inclusive podia viver com isso. Eis então que ressurgiu uma ideia que eu já tinha tido e deixado de lado que é a de mudar de profissão para comissário de bordo, famoso aeromoço.

Então foi assim que outra ex me influenciou a mudar a minha vida profissional.

Veja bem, eu pretendo continuar no Direito, fazendo parcerias em que eu faço as peças e outros fazem os atendimentos e as audiências, e até mesmo concursos, pois meu objetivo é uma profissão em que eu possa ajudar os outros e significar algo em suas vidas, algo que eu não vejo como alcançar como comissário. Mas é uma profissão que me vejo fazendo feliz por muitos anos e com um bom salário, além de viajar e conhecer lugares.

E é assim que somos influenciados. E nem sempre é algo ruim. Se abra para novas experiência. O importante é perceber a influência e aceitá-la se for boa ou rejeitá-la se for ruim para você.

Estava com saudades de escrever. Mas acho que isso é tudo o que tenho para hoje. Até a próxima, pessoal.

Oh shit. Here we go again

Então, oi de novo. Acabei de postar tem 5 minutos aqui, tudo bem?

hahahah

Olha só, eu sou o tipo de cara que compartimentaliza as coisas, então aquele post era sobre uma coisa e esse sobre outra, porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, entendeu?

Na verdade eu provavelmente estou enrolando porque teria que estudar pra pós, mas estou cansado e não aguento mais, embora só tenha assistido duas aulas hoje. Seria culpa do Alcool? Acho que não.

Mas enfim, aqui só pra dizer que aparentemente meu estilo são as nortistas (ou seria nortenha?). Eu sou alguém técnico, sem uma gota artística nas minhas veias e, ao mesmo tempo, o meu estilo sou moças artísticas. Isso é bem engraçado.

Começando pelo último, eu percebi hoje que apesar de ser de humanas (advogado), a minha profissão é uma das menos de humanas na área de humanas, porque é cheia de regras, procedimentos, ternos, Vossa Excelência pra cá, Exímio Ministro pra lá, etc. Então faz sentido eu ter cursado Direito. Eu não tenho um lado livre, humano, artístico, o que quer que seja, desenvolvido. Sou muito ligado à regras.

Engraçado o fato da minha primeira paixão, e primeira namorada cujo namoro durou 05 anos, ser uma pessoa que canta e toca, além de desenhar.

A minha segunda paixão, e namorada de, infelizmente, apenas 08 meses, e a pessoa que confesso que após 05 meses eu ainda não esqueci, é estudante de arquitetura, muito ligada à artes, tem um lado musical e um olhar fotográfico incrível.

Agora eu estou apaixonado mais uma vez (platonicamente por alguém inalcançável gente, por isso ainda não superei a outra. Mas por ela eu superaria) por uma menina totalmente artística, fotógrafa e altamente imaginativa (não sei outra palavra, mas ela tem vários projetos para fotografia e coloca eles em prática).

Ocorre que esta menina é uma "influencer" no twitter na area da fotografia, então eu oficialmente estou tendo o meu primeiro crush em uma celebridade (tá, talvez o segundo, Emma Watson).

Não bastasse o pequeno problema dela ter milhares de pessoas atrás dela, existe outro pequeno detalhe da distância.

E é aí que entra a minha segunda descoberta de hoje. Eu gosto de nortistas/nortenhas (pesquisei agora e nortenha é mais utilizado em Portugal). A Glória, minha primeira namorada, é carioca mas cresceu na Amazônia porque o pai, militar, foi transferido pra lá. Ficou por alguns anos lá.

A Jéssica, minha segunda namorada, é Paraense e, atualmente, mora em Macapá, no Amapá, Estado mais ao norte do País, salvo engano (acabei de pesquisar e fui enganado, não é não. Roraima é mais ao norte, mas a capital mais ao norte é Macapá) (pesquisei de novo e fui enganado de novo. Boa Vista, capital de Roraima é mais ao Norte. A minha vida é uma mentira!)

E a Dalva Caroline? Bem, mora em Manaus, salvo engano (confirmado). Então, aparentemente eu gosto de artistas do norte e quero elas na minha vida hahaha.

Isso me veio à mente hoje porque eu sonhei que ela morria por conta de uma doença e uma reação alérgica a uma picada de um bicho, eu acho. E eu acordei simplesmente desesperado achando que era verdade e tive que ir no twitter confirmar.
Pior que eu sonhei que tinha acordado e tinha visto lá que era verdade. Aí quando eu acordei mesmo e fui confirmar, bateu o alívio.

E é isso, gente. Nada demais, nada de pensamentos profundos. Aqui é um lugar para escrever os pensamentos que quero pôr pra fora e não tenho com quem falar ou já falei tantas vezes com meus amigos que eles vão me achar chatos hahaha. Só uma observação feita, talvez, sob a influência de álcool.

Até a próxima, pessoal.

Estou certo ou sou babaca?

O que eu gosto disso aqui é que eu posso escrever literalmente a merd* que eu quiser e ninguém vai ler, além de mim.


O que eu gosto em mim é que mesmo sabendo disso, eu não consigo nem mesmo escrever merd* direito, porque eu sou assim e ponto. Essa não é uma fachada minha para o mundo. Eu sou o que demonstro ser.

Bem, vamos lá. Ultimamente eu tenho saído com uma menina e eu juro que dei uma oportunidade para ela no sentido sentimental. Ela realmente gosta de mim, a ponto de estar apaixonada. E eu simplesmente não consegui sentir o mesmo. E eu tentei, porque seria tão bom e fácil gostar de alguém que gosta de você de volta, não é?

Então, por conta disso, eu tomei, pela primeira vez, a iniciativa num "término". Digo entre aspas pois não estávamos namorando, apenas saindo para ver o que ia dar, mas eu disse que não poderia retribuir o sentimento e preferia estar sozinho a ser o tipo de cara que fica saindo com alguém só porque essa pessoa gosta dele, para massagear o seu ego, utilizando o outro de bom coração e depois jogando fora. Ou, como eu sempre chamei, o cara babaca.

Eu já tive a minha dose de namoros em que eu estava extremamente apaixonado pela pessoa e ela não sentia o mesmo por mim. Estando do outro lado eu sei que preferiria que a pessoa fosse honesta. Porque sejamos sinceros, vai doer, mas vai passar e você vai estar livre para se recuperar e depois encontrar outro alguém.

Bom, no meu caso, essa menina em específico quer continuar saindo comigo mesmo sabendo que eu não vou querer nada mais sério com ela. E nesse caso ainda não sei se fiz certo ou errado em aceitar (embora ainda não tenhamos saído depois que disse como me sentia).

Por um lado, eu creio que somos dois adultos e, pela minha filosofia, se dois adultos estão na mesma página e consentem com tudo o que está acontecendo, nenhum enganando o outro, nada do que acontece ali é errado pois foi acordado.

Por outro lado, eu já estive na pele dela e sei que dói quando quem a gente ama não nos ama de volta e a gente vai fazer qualquer coisa para continuar com aquela pessoa, com um fiapo de sonho e esperança escondida de que a pessoa volte atrás e mude de ideia, mesmo que tenha que se contentar com migalhas de afeto.

Acontece que eu não sou o cara de migalhas, porque já recebi migalhas e é horrível. Então não quero que outra pessoa aceite migalhas por mim.

Mas também eu sou humano. Eu gosto de estar com alguém que gosta de estar comigo. E se sabendo das minhas condições ela aceitou, eu não posso, pela primeira vez na minha vida, ser um pouco egoísta e pensar em mim e no que eu gosto? A outra pessoa já é crescidinha, faz acompanhamento psicológico e quer continuar saindo comigo. Se eu quero e ela quer, seria tão errado assim?

No final das contas, eu estou certo? Ou serei eu um grande babaca?

Achei que não ia ser otário. Fui otário.

sábado, 2 de novembro de 2019
É, gente.

Eu consegui fazer a incrível sequencia de dois dias postando antes de ter que parar hahahah. Mas a pausa foi necessária por questões de trabalho e por ausência de dramas na minha vida que valiam ser (d)escritos.

Quando eu digo por questões de trabalho, eu digo sair todo dia de manhã, voltar a noite ou madrugada e ir direto pra cama, para repetir a mesma coisa no dia seguinte, então não tinha nem como tirar 10 minutos para escrever aqui.

Mas ontem foi a minha primeira folga nesses dias e como eu usei para dormir e ver Naruto, hoje postarei (e daqui a pouco vou trabalhar pois o mundo capitalista me obriga).

Porque eu decidi vir postar agora? Bem, porque eu sou gado demais (para você, eu do futuro, que não vai lembrar o que significa gado demais, atualmente é um meme para otário apaixonado, ou corno, ou coisas do tipo).

Olha, aqui é o local para ser sincero. E eu sinceramente não superei a Jéssica, tanto que isso aqui foi revivido por causa dela. Então, quando eu leio post dos amigos dela a marcando em uma coisa com o significado de querer beijar uma boca e chamando ela de gado demais também, ou seja, que ela tá com esse objetivo e não esquece essa pessoa, ainda me dói. E muito. E não é a primeira vez.

Mas, ao mesmo tempo, eu aprendi a me valorizar, e não sei se voltaria para uma pessoa que terminou comigo por duas vezes. Alguém que não lutou, que não estava disposta a superar as dificuldades iniciais.

Então o que eu faço? Desabafo aqui. Até o momento da dor passar.

Uma vez eu li em algum lugar que o cérebro interpreta essa dor emocional como uma dor física, então não é exagero dizer que o coração está quebrado ou doendo.

Porque eu realmente invisto nas pessoas. Quando eu gosto de alguém, em realmente me abro, me doo, me entrego. Então quando acaba e eu "perco" a pessoa, é como se perdesse parte de mim.

Sabe o quão difícil é eu gostar de alguém? Sabe quantas coisas tem que se alinhar para isso acontecer? A pessoa tem que ser legal, bonita, me entender, ter gostos parecidos, ter assunto, ser acessível e eu, ao mesmo tempo, tenho que estar numa fase de não estar totalmente introvertido, sem atitude, tenho que estar bem comigo mesmo, sem nenhuma pendência (como a atual) e, no final, nós dois temos que nos gostar ao mesmo tempo. Gente, é muita burocracia gostar e estar com alguém. É mais fácil virar padre, aderir ao celibato.

As pessoas falam "ah, mas você supera uma pessoa com outra pessoa". Desculpe, mas não consigo. Simplesmente não consigo usar alguém assim. Mesmo que a pessoa clique em estou ciente e desejo continuar, EU não me sinto bem fazendo isso. E para tirar a prova, eu tentei.

Neste exato momento (não agora, mas nesses dias da minha vida, embora agora tenha mensagem pra ouvir também), estou conversando com uma menina que faz uns eventos comigo. Ficamos juntos durante o último evento, mas eu sinto que não estou apaixonado. E se por um lado eu quero estar com alguém para não ficar sozinho e carente, e oras, beijar na boca é bom, por outro lado eu estou em conflito pois sinto que a estou usando e talvez ela esteja gostando de mim de uma forma que eu não posso retribuir.

E eu penso, será que foi assim que a Glória e a Jéssica se sentiram em relação à mim? Eu, loucamente apaixonado por elas nas respectivas épocas e elas só estando comigo mas sem este sentimento? Fica aí o questionamento.

Eu não considero namorar com essa menina, pois na minha cabeça, namorar significa o início para uma vida juntos. E eu não me vejo com ela assim, diferente de como aconteceu com as outras. A culpa bate, piorada pelo fato de que quando ficamos eu fui punido indiretamente, com ela quebrando uma peça do meu carro. Talvez seja Deus dizendo que é errado hahaha (to rindo mas considero uma possibilidade)

Um dia isso tudo vai passar. Eu sei. Assim como passou com a Glória e hoje em dia somos bons amigos (ela inclusive quer me encontrar só para conversarmos, e atualizar sobre a vida um do outro), falamos sobre namoros e sentimentos sem nenhum ressentimento e está tudo bem.

Mas essa fase, a dor, o luto, também é importante. É importante porque te faz crescer, é importante porque te faz sentir, é importante porque mostra que significou algo.

Bem, por fim só queria deixar dois comentários de como sou otário.

Primeiro, essa menina dos eventos se chama Gabi e parece que sou perseguido por Gabis nesses momentos (ou será que eu as persigo? hahaha).

Segundo é que aparentemente eu sou atraído por baixinhas do norte que são fotógrafas e estou com uma quedinha por uma menina famosa no twitter. Parece que só gosto das inalcançáveis mesmo, né?

Bem, era isso que eu tinha para hoje. Meu pensamento torto e bagunçado, culpado e inconstante, que ora gosta e ora não gosta da ex.

Eu realmente espero que ninguém esteja lendo isso. Mas se tiver alguém, me ajude pagando uma consulta no psicólogo. Nunca te pedi nada.

Nada de novo embaixo do sol

quarta-feira, 23 de outubro de 2019
Porque este título?
Confesso que não tenho a mínima ideia.

Ultimamente eu tenho me sentido muito sozinho. Eu encontrei uma garota incrível e a deixei ir. Bem, não sei se foi bem a minha culpa, já que não devo ser culpado do meu CEP e da minha distância, mas eu sinto falta.

Mas vamos lá, do princípio.

Eu tenho muitos problemas de confiança e de me abrir. Nos últimos anos isso tem mudado, mas eu passei a minha fase de formação assim, então é difícil mudar totalmente.

Eu acredito que isso em parte tenha a ver com a minha criação. Eu sempre fui a criança quieta, que gostava de jogos de tabuleiro, livros e videogames a jogar futebol. Sim, eu brinquei na minha época, corria na escola, ainda hoje lembro das brincadeiras de polícia e ladrão, e dos rios de dinheiro que gastava em elástico para fazer guerrinha de elástico e bolinha de papel.

Mas ao mesmo tempo eu tenho uma baixa auto-estima. Sou nerd, o que nem sempre é bem visto pois as vezes sou o sabichão chato e as vezes o "infantil" que gosta de coisas de criança. Estou acima do peso, e isso tem uns bons anos. Não tenho dinheiro nem bens. Pra falar a verdade não tenho onde cair duro. Graças a Deus meu avô nos acolheu em sua casa, mas não tenho um lugar pra chamar de meu. Nem ao menos um quarto próprio eu tenho.

Esse sentimento também se deve a forma que fui criado com meus pais e família. Em principal, meu pai, mas acho que isso é história para outra hora. Engraçado como eu liguei o computador para contar essa história, e como os caminhos seguem diferentes do planejado.

Enfim. Mas porque isso tudo? Bem, eu tenho que ser honesto comigo mesmo, e não há lugar melhor do que aqui. Eu retornei esse blog ontem por conta da Jéssica. Acho que preciso de um fechamento para essa história.

Com a Glória eu fiz vídeos. Meu deus, acho que foram uns 40 minutos e ainda devem estar salvos em alguma nuvem por aí. São videos meus falando sozinho, sobre o que aconteceu e sobre o que ainda poderia acontecer. Não foram eles que resolveram tudo, nem de longe. Mas Deus, foi bom tirar isso do peito.

Acho que com a Jéssica a minha saída vai ser a escrita. Escrever até esquecer. Até superar. Até não doer. Ontem eu vi uma postagem do seu amigo, Judá, falando alguma coisa sobre o jogo de se apaixonar e ele dizendo que a Jéssica tinha perdido esse jogo. Tenho pra mim que não era de mim que eles falavam. E isso doeu. Porque apesar de tudo creio que ainda sou apaixonado por ela. Não por coincidência, esse blog retornou das cinzas ontem.

Veja bem, a ideia não surgiu dali, sabe? Mas foi a gota d'água para eu fazer alguma coisa e tomar essa atitude que já estava na minha cabeça há um tempo.

Acho que o título, nada de novo embaixo do sol, é porque é isso que eu faço. Foi assim com a Glória, é assim com a Jéssica. Sou apenas eu, me repetindo.

Veja, eu falo muito da Glória aqui, percebi isso. Então já que estou sendo sincero aqui, comigo mesmo, deixo bem claro que não há mais nada entre a gente. Eu a considero uma pessoa bonita, sim. Legal, claro. Existe história entre a gente. E é exatamente essa história que me afasta dela. Tudo o que eu quero é que ela seja feliz com quem quer que ela esteja (atualmente é alguém que ela se refere com um emoji de coração preto). Pois tenho carinho por ela como amiga, assim como tenho de outras amigas.

Já tudo o que eu quero é que eu seja feliz. E se for com a Jéssica, não vou reclamar não. Pelo contrário, vou gostar muito rsrs. Ela é uma pessoa incrível, engraçada, com gostos parecidos com os meus, inteligente, linda e com um sorriso que aaahh. Mas não podemos ter tudo o que queremos, nem desejamos.

Então resta eu me conformar.

Mas Gustavo, porque você então não luta pela Jéssica, se gosta tanto dela?
Porque eu gosto muito dela e não quero vê-la sofrer. Nas últimas semanas o nosso namoro não estava tão bem assim, e doía em mim e acho que nela também. Também tem a distância. Sabem quanto custa uma passagem pra Macapá? Caro. Muito caro. Lembra que eu disse ali em cima que eu não tenho onde cair duro? Eu paguei 2 passagens pra lá e ainda paguei a dela pra cá, que ela está ainda me pagando de volta (falta uma parte que eu, sinceramente, estou pensando em abrir mão). Imagina para dois desempregados universitários como é essa convivência.

No mínimo demoraria de 2 a 3 anos para nos estabelecermos, tanto sentimental quanto financeiramente, amadurecer a ideia e talvez alguém ter que se mudar pro local do outro. Tantas coisas em jogo, tanta pressão em um namoro tão jovem, claro que isso atrapalharia.

Outro motivo por não lutar é por mim. E isso eu passei a gostar em mim. Eu fiz uma promessa após a Glória. Eu não namoraria sozinho. Nunca passaria por isso novamente. Mas estava prestes a passar isso com a Jéssica. E ela já tinha tentado terminar comigo antes da viagem, que foi quando fui obrigado a contar a surpresa, que tinha comprado a passagem para visitá-la no aniversário dela. Então na verdade aquilo já foi a nossa segunda chance. Dar uma terceira, para quem terminou comigo 2x, seria não me valorizar e Deus, eu preciso me valorizar.

Bem, hoje eu mexi um pouco no Tinder, vamos conversar com pessoas novas, para pelo menos tentar um pouco de normalidade (apesar de eu não achar o tinder muito normal não hahaha). Tem também a Elaine, que é uma pessoa que eu trabalhei em uns eventos e que acho incrivelmente bonita. Mas não passa disso também, pois não temos assunto.

Vejamos o que o futuro me separou. O que sei é que não posso ficar parado. Esse desabafo não foi nem 10% do que passei apenas ontem e hoje. Ainda falta falar da frustração profissional hahaha. Agora lembrei do plano de trabalho para ano que vem, mas isso será alvo de um post futuro. Quem sabe amanhã? Ora, parece que vou acabar atualizando isso aqui diariamente mesmo. Pelo menos por enquanto.

Bem, é isso. Eu tentei botar ordem. Ficou organizado? Não. Explicado? Muito menos. Mas reflete o estado da minha mente. Bagunçada, indo de um lado para outro, pulando em mil assuntos sem ordem definida. Espero melhorar. Tenho que melhorar.
Até a próxima.

Diário de bordo - Tudo mudou - 22/10/19

terça-feira, 22 de outubro de 2019
Vejam só, isso aqui ainda existe!

Engraçado como as coisas são, como o tempo passa e como tudo muda. Eu comecei esse blog lá em 2010, inspirado em outros blogs na época, como o quediabos, o verdadeabsoluta, entre outros. Na época, era a minha visão de adolescente do mundo e, como adolescente não tem nada na cabeça, óbvio que que eu deixei pra trás após algumas postagens.

Na verdade ele não durou nem um ano.

Mas ultimamente eu tenho pensado muito sobre como as coisas mudam e queria compartilhar isso comigo mesmo. Sim, comigo mesmo, porque isso aqui será um simples registro, direto e reto, dos meus pensamentos, quase como um diário, bem estilo de blog da década 00/10. Considerando que a única coisa que não mudou foi o fato de ninguém ler isso aqui, não tenho que ficar preocupado em dizer ou não dizer nada. A verdade é libertadora.

Mas antes, eu estava falando sobre mudança e meus pensamentos. É engraçado perceber que um dos meus últimos posts aqui foi sobre mitologia, e neste post eu dizia que não entendia muito de religião e, em principal, o cristianismo. Poucos meses depois eu me batizei em uma igreja evangélica e, embora atualmente meio afastado, pratico a fé até hoje.

E é sobre essa mudança que eu digo, e a sua percepção. Este fato ocorreu há quase 10 anos. Claro que eu lembro do meu batismo e o que aconteceu na época, mas de forma superficial. Só que este post me fez lembrar de alguns detalhes de uma forma deliciosa, quase como se eu me transportasse para a época, e é esse sentimento que pretendo resgatar.

Antes mesmo de (re)lembrar da existência deste blog, eu estava percebendo essas mudanças no meu estilo musical. Interessante ver que com a chegada de alguns serviços como o Spotify, você passa a deixar algumas pegadas virtuais e que, com elas, é possível ter um vislumbre do passado. Essa ideia toda de lembrança começou há 02 semanas atrás quando eu, verificando as minhas músicas salvas no Spotify, percebi uma mudança clara nelas.

Em uma época, era sofrimento, afinal eu tinha acabado de terminar um namoro de mais de 05 anos com a Glória. Namoro com altos e baixos, mas não é sobre ele que quero falar agora.

Depois vieram algumas músicas mais animadas, sobre aproveitar o dia e criar experiencias. Eu estava começando a me libertar um pouco mais, sair da depressão, fiquei com uma pessoa pela primeira vez.

Depois, depressão de novo. Afinal, quem era aquele? Não era eu.

E então comecei a trabalhar meu coração. Após algum tempo, pode-se dizer muito tempo, eu finalmente comecei a melhorar. Como eu percebi? As músicas salvas eram mais alegres, falavam sobre paz, amizade, alegria.

Foi nesta época que eu conheci a Jéssica. Com essa melhora eu já estava pronto para me apaixonar de novo, o que aconteceu uns meses depois. Afinal, como não se apaixonar? Ah, as músicas sobre amor, algumas sobre distância, algumas sobre futuro, muitas sobre felicidade.

Então, o fim. Mais uma vez houve o término. Mais uma vez, músicas depressivas. Mais uma vez música animada para a loucura de novas experiências, e agora mais uma vez para baixo.

Mas dizem os sábios que você precisa olhar o passado para compreender o presente e até tirar o melhor ou modificar o seu futuro.

Então eu sei que está doendo. Eu sei que ainda não superei. Eu sei que ainda gosto da Jéssica.

Eu também sei que vai passar. Eu também sei que vou superar. Eu sei que um dia vou me alegrar por ela estar feliz.

E é interessante como pode-se aprender tudo isso apenas com o histórico de música de uma pessoa. Eu sei tudo isso porque já aconteceu antes. E vai acontecer de novo. A nossa história é cíclica. Mas isso não quer dizer que eu não devo sofrer nem respeitar o meu próprio tempo.

Se você for pular estas experiências com o argumento de que já aconteceram e que acontecerão de novo, então você não tem prazer na vida, isso eu aprendi. Então viva, se alegre, sofra, sinta cada sentimento. Isso é o que nos faz vivos.

E este blog é sobre isso. Ele será meu diário pessoal. Talvez não tão diário assim, e como é apenas para mim, não prometo uma regularidade. Mas este é um lugar que eu sei que posso vir sempre que sentir meu coração apertado e sem ninguém para desabafar.

Sobre hoje, reminiscências.