I'm on fire

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Rapaaaz, terceira postagem direta! Talvez o álcool realmente esteja me influenciando, apesar de eu só ter bebido 1 latinha de skol beats há mais de 1 hora e, mais cedo, uma garrafinha de 51 (deliciosa, sabor "balada", que tem gosto de guaraná).


Mas hoje eu estava refletindo (estar sozinho em figueira aparentemente me deixa bastante reflexivo) sobre como outras pessoas influenciam as nossas decisões e as nossas vidas.

Eu nunca quis ser protético porque meu pai sempre foi um cara estressado e, quando bebia, agressivo. Também ficava muito tempo fora de casa, com trabalho e bar com amigos, e eu cresci vendo isso e ligando os pontos, o que me afastou da profissão porque eu não queria uma profissão que deixasse alguém estressado (aqui vale um disclaimer que ele seria estressado em qualquer profissão. Depois eu aprendi que é o sangue Pires e eu tenho que controlar bastante isso) e ausente de casa de tanto trabalho.

Seria tão mais fácil eu ser protético. Teria meu pai como professor, um dos melhores no ramo aqui no RJ, um laboratório montado com todos os equipamentos, um lugar para trabalhar, trabalho fixo com bons rendimentos, mas todas essas coisas me afastaram.

Meu pai compensava essa ausência durante a semana nos finais de semana. Todo final de semana tinha churrasco na casa de amigos, ou íamos à restaurantes, ou viajávamos e por aí vai. Ocorre que eu era o nerd introvertido e os amigos do meu pai tinham filhos esportivos! Gente, como assim? Óbvio que eu me sentia deslocado. Ainda tinha o fato de que meu pai era sempre o primeiro a chegar e o último a sair, então eu ficava de saco cheio e, com o tempo, passei a preferir ficar em casa. Nas viagens acontecia a mesma coisa, então acabei achando que não gostava de viajar.

Com o tempo, porque eu ficava sozinho em casa, eu descobri os podcasts, que me faziam companhia. Em 2009 eu ouvi o nerdcast sobre diplomatas e a carreira de diplomacia. Era véspera de vestibular, ano que vem eu devia decidir o que ia fazer da vida e eu gostei da carreira. Porque meu pai agia de um jeito que me fazia preferir ficar em casa eu conheci um programa que me apresentou uma profissão.

No ano seguinte, eu comecei a namorar a Glória, que queria fazer Direito. E eu pensei, oras, Diplomacia não exige um curso específico. Posso fazer qualquer coisa. Direito é o segundo curso que mais aprova. O primeiro é Relações Internacionais, mas o mercado é menor. Vou fazer Direito com a minha namorada! E foi assim que minha ex me influenciou a decidir a minha vida profissional.

Aliás, sou muito grato por isso. Embora não saiba se vou continuar ou não na profissão (mais sobre isso adiante), conheci minha melhor amiga, Lorena, no curso e por isso sou grato.

Por fim temos a Jéssica. Ela gostava muito de viajar e eu, para ter algo a mais em comum com ela, comecei a me abrir para essa ideia, já que meu pai tinha fechado essa porta de viagens lá na minha infância. Então na semana que eu ia viajar pra lá, fiz a minha primeira viagem sozinha aqui para Figueira, só pra fazer um beta test e eu descobri que eu poderia sobreviver em uma viagem de alguns dias e até gostar.

Na mesma semana eu viajei para longe sozinho pela primeira vez e não é que eu gostei? E muito?

Assim que voltei eu emendei em uma viagem pra SP. Foi só um final de semana para fazer uma prova, mas mais uma vez eu vi que a viagem poderia ser legal.

Depois ela veio pra cá pro Rio em Janeiro/19 e eu para lá em Junho/19 e eu vi que eu não apenas aceitava viajar como eu gostava disso. E que inclusive podia viver com isso. Eis então que ressurgiu uma ideia que eu já tinha tido e deixado de lado que é a de mudar de profissão para comissário de bordo, famoso aeromoço.

Então foi assim que outra ex me influenciou a mudar a minha vida profissional.

Veja bem, eu pretendo continuar no Direito, fazendo parcerias em que eu faço as peças e outros fazem os atendimentos e as audiências, e até mesmo concursos, pois meu objetivo é uma profissão em que eu possa ajudar os outros e significar algo em suas vidas, algo que eu não vejo como alcançar como comissário. Mas é uma profissão que me vejo fazendo feliz por muitos anos e com um bom salário, além de viajar e conhecer lugares.

E é assim que somos influenciados. E nem sempre é algo ruim. Se abra para novas experiência. O importante é perceber a influência e aceitá-la se for boa ou rejeitá-la se for ruim para você.

Estava com saudades de escrever. Mas acho que isso é tudo o que tenho para hoje. Até a próxima, pessoal.

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